A especialista Aileen Maria Marty, ex-oficial da Marinha e professora da Universidade Internacional da Flórida, concedeu uma entrevista à CNN, na qual explicou que a pressão em um submersível, também conhecido como submarino, atinge níveis extremos em grandes profundidades, podendo resultar em uma implosão em questão de milissegundos.
De acordo com Marty, o cérebro humano não é capaz de compreender imediatamente essa situação extrema.
Os ocupantes do Titan morreram, de certa forma, sem saberem que iriam morrer, segundo Marty. “Em última análise, entre as muitas maneiras das quais podemos morrer, essa foi indolor.”
A implosão ocorre quando um objeto colapsa repentinamente devido à pressão externa ser maior do que a interna, em contraste com o fenômeno explosivo. Mesmo o menor defeito estrutural pode desencadear uma catástrofe desse tipo em grandes profundidades.
⏯️ Vídeo simula implosão de submarino desaparecido e viraliza; assista.
Segundo porta-voz da Guarda Costeira, tamanho dos destroços caracterizam “implosão catastrófica” do submarino Titan, tripulado por 5 pessoas.
Leia: https://t.co/DNlvNVSGd0 pic.twitter.com/hNOwb0aXlk
— Metrópoles (@Metropoles) June 23, 2023
Após intensos dias de busca, a Guarda Costeira dos Estados Unidos anunciou, na quinta-feira (22), a descoberta de fragmentos de detritos a uma profundidade aproximada de 3.800 metros, localizados a cerca de 500 metros da proa do naufrágio do Titanic.
Esses fragmentos pertencem ao submarino Titan, que desapareceu com cinco pessoas a bordo. A Guarda Costeira descreveu o ocorrido como uma “implosão catastrófica“, resultando na morte dos ocupantes da embarcação.
Tripulantes Podem Nunca Serem Encontrados
No entanto, o comandante da Guarda Costeira dos Estados Unidos, o almirante John Mauger, revelou durante uma coletiva de imprensa que os corpos dos cinco tripulantes do submarino Titan podem permanecer no fundo do mar indefinidamente. Devido às condições adversas nas profundezas oceânicas, Mauger afirmou que não é possível determinar se haverá operações de resgate.
A Guarda Costeira continuará a utilizar robôs para coletar novas evidências e obter mais informações sobre o acidente. Contudo, as circunstâncias do ocorrido e as condições extremas no leito oceânico impedem a certeza de resgatar os corpos.
Os destroços do submarino Titan estão localizados a uma profundidade de 4 mil metros abaixo da superfície. Nessa região, a pressão da coluna d’água é extremamente alta e representa um grande risco para mergulhadores.