No ano de 2022, um atirador cometeu um massacre de Buffalo nos Estados Unidos contra 10 pessoas negras. Nesta semana, o criminoso teve seu julgamento e decretou-se prisão perpétua.
O criminoso se chama, Payton Gendron, 19 anos. Ele não terá direito a liberdade condicional.
Foi divulgado o comunicado oficial da Procuradoria Distrital do Condado de Erie, nos Estados Unidos, responsável pela sentença.
“Depois de selecionar nossa cidade como alvo de seu ataque terrorista, esse réu atirou em cidadãos afro-americanos inocentes enquanto faziam compras em uma tarde de sábado. A violência, especialmente a motivada pelo ódio, não será tolerada […] Hoje, tenho o prazer de anunciar que Payton Gendron passará o resto de sua vida atrás das grades. Embora nunca possamos nos curar totalmente desse crime horrível, continuo orando por todos os que foram afetados por essa tragédia”, disse o promotor distrital do condado de Erie, John J. Flynn.
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O assassino se entregou em 28 de novembro de 2022. Até então, eram 15 acusações contra ele e todas provadas, incluindo o terrorismo doméstico categorizado como crime de ódio.
De acordo com o comunicado, Payton Gendron iniciou o massacre de Buffalo atirando em 4 pessoas do lado externo de um supermercado. Ao menos uma pessoa sobreviveu, mas saiu ferida pelos tirou.
Sem parar, o atirador entrou no supermercado e trocou tiros com um segurança. Infelizmente o trabalhador não sobreviveu após tentar impedi-lo e morreu no local.
O assassino atirou em mais 8 pessoas, das quais 6 morreram por conta dos ferimentos graves.

O manifesto
Após o massacre de Buffalo, encontraram um manifesto publicado pelo Gendron de 180 páginas escritas com ideias de supremacia branca.
“Por que dizem que diversidade é a nossa maior força? Alguém pergunta o porquê?”, escreveu Gendron na página 160.
Mas o criminoso ainda cita o Brasil em seu manifesto:
“O Brasil, com toda sua diversidade racial, é completamente fragmentado como nação, onde pessoas não conseguem se dar bem, se separam e se segregam sempre que possível\”
Joe Bidon, presidente dos Estados Unidos disse que “supremacia branca não terá a última palavra”.