Março está apenas em sua metade de mês. Mas, o volume de chuvas registrado na cidade de São Paulo é o equivalente ao que tipicamente chove até o fim de abril.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a capital pailista já teve 855 milímetros de chuva. A expectativa até abril era de 865 milímetros.
Até então, vários pontos de São Paulo tem sofrido com o volume de chuvas, deixando diversos pontos alagados pelas cidades.
Já virou rotina. Após uma manhã abafada, a chuva vem forte à tarde. Só nesta segunda feira, dia 13, a prefeitura de São Paulo informou que houveram 67 pontos de alagamentos na cidade. O congestionamento passou de mil quilômetros depois das seis da tarde.
A Defesa Civil da capital paulista anotou 40 quedas de árvores, 21 desabamentos e 18 deslizamentos. O volume de chuvas tem invadido casas e causado prejuízos às pessoas que moram em locais de alagamento.
“Isso também depende muito da drenagem urbana. Vai depender de lugares. Tem lugares ainda que conseguem ficar isso durante vários dias, como a gente viu no Jardim Pantanal. Essa impermeabilização, essa urbanização, tem efeitos que são bastante graves”, explicou Franco Villela, meteorologista do Inmet.
Lado positivo do volume de chuvas

Se por um lado vemos prejuízos com o aumento no volume de chuvas, por outro lado vemos pontos positivos. O principal sistema de abastecimento de água da Grande São Paulo, o Cantareira, está com 78,35% da capacidade, o maior volume desde setembro de 2011.
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“Aqui nas cidades a gente tem um efeito local, então as tempestades na cidade de São Paulo, pelo aumento da urbanização, da região metropolitana como um todo, promovem uma espécie de ilha de calor que faz com que as tempestades que chegam aqui, ou que se desenvolvem, ganham muito mais força. Essa ilha de calor vai fazer o fortalecimento dessas áreas de tempestade na capital”, afirmou Franco Villela.