Uma operação policial que começou em Guarujá, no litoral de São Paulo, no último dia 28, fez sua 13ª vítima nesta terça-feira (1º). O trabalho está sendo realizado pela Polícia Militar com o objetivo de reprimir o tráfico de drogas e o crime organizado.
A ação da polícia começou após o assassinato de um policial militar durante um patrulhamento na comunidade da Vila Zilda, em Guarujá. O policial foi baleado e morto por um grupo armado.
Ao longo da operação, a polícia prendeu 32 pessoas e apreendeu mais de 20 kg de drogas. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, as mortes ocorreram em confrontos com a polícia.
No entanto, algumas famílias dos mortos têm denunciado que os seus entes queridos foram executados pela polícia. Um caso que tem chamado a atenção é o de Erickson David da Silva, de 28 anos, que foi preso suspeito de matar o policial militar.
Silva nega o envolvimento no crime e diz que estava na comunidade da Vila Zilda para comprar drogas quando ouviu tiros e fugiu do local. Ele passou por uma audiência de custódia nesta segunda-feira (31) e teve a prisão temporária mantida por 30 dias.

A operação policial em Guarujá e Santos tem sido criticada por autoridades e pelo governo federal. O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que a ação “não parecia ser proporcional”. A ouvidoria da Polícia Militar está apurando as denúncias de excessos dos agentes envolvidos na operação.
A operação também é acompanhada pelo Ministério Público. O órgão tem solicitado informações sobre as mortes e sobre as ações policiais.
A operação policial em Guarujá e Santos é mais um exemplo da violência que assola o estado de São Paulo. Em 2022, o estado registrou um aumento de 10% nos crimes violentos letais intencionais. A violência no estado é um problema complexo que tem diversas causas, como o tráfico de drogas, a pobreza e a falta de oportunidades.