Você Sabe A Origem Destes Mascotes? Conheça A História Por Trás Deles

Na lista do A Folha Hoje, preparamos um especial para mostrar a origem dos mascotes mais populares do Brasil. VENHA CONFERIR!
Redacao
Por: Redacao
Em Futebol · há 7 meses atrás

Além de serem marcas do clubes, os mascotes são uma forma pela qual os times são reconhecidos ao redor do mundo. Muitas vezes, os próprios times são mais lembrados pelo seu mascote do que até mesmo o próprio nome do time.

Uns dos exemplos que podemos citar são times como o Atlético-MG (Galo), o Athletico-PR (Furacão) e o Ceará (Vozão), que ficaram muito marcados por conta de seus emblemáticos mascotes.

Mas afinal, você sabe as origens dos mascotes de alguns dos maiores clubes do Brasil? Na lista do A Folha Hoje, preparamos um especial para mostrar a origem dos mascotes mais populares do Brasil. CONFIRA AGORA:

ORIGEM DOS MASCOTES DO FUTEBOL BRASILEIRO

FLAMENGO – O URUBU

O mascote principal do Flamengo era o personagem do desenho animado Popeye, conhecido por sua bravura e força. Mas esta história mudou no final da década de 1960.

Os torcedores rivais do Flamengo associavam os torcedores aos urubus, por conta da torcida ser, em sua maioria, de pessoas negras. O racismo escancarado foi substituído por um ato de apropriação.

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Urubu pousa no gramado do Maracanã, levando os torcedores rubro=negros a loucura. Divulgação/Flamengo

No dia 1º de Junho de 1969, durante uma partida contra o Botafogo pelo Carioca, a torcida do Flamengo amarrou uma bandeira do clube nas pernas de um urubu e soltou a ave em pleno Maracanã

O script não poderia ser melhor: o urubu pousou no centro do campo, o Flamengo venceu a partida e o urubu é adotado como mascote até hoje pelos torcedores do Mengão.

PALMEIRAS – O PERIQUITO & O PORCO

O Palmeiras possui dois mascotes oficiais: o porco e o periquito.

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O Periquito e o Porco: símbolos fortes da história palmeirense. Reprodução/Djalma Vassão/Gazeta Press

A história do periquito é mais tranquila. O animal virou mascote do clube por conta dos diversos pássaros que ficavam perambulando pelos arredores do clube por volta de 1917.

Já o porco surge, antes de mais nada, como provocação. Antes de uma partida contra o Corinthians, dois jogadores do Timão morreram em um acidente de moto. Com o campeonato em andamento, o Corinthians pediu à federação e aos clubes a contratação de emergência de dois jogadores para suprir o elenco.

Apenas o Palmeiras não aceitou. Os torcedores corintianos, revoltados com o Palmeiras sobre uma decisão envolvendo a federação paulista, resolveram levar um porco ao Morumbi.

Ao soltar o bicho no gramado, os corintianos soltavam gritos de “porco” em alusão ao ocorrido durante o torneio. O Palmeiras adotou o porco somente em 1986, em uma campanha de marketing do Verdão, que adotou o mascote como símbolo da torcida.

SANTOS – A BALEIA

O mascote do Santos é um dos mais emblemáticos do futebol brasileiro. A equipe da Baixada Santista, sempre que ia jogar em estádios da capital paulista, a torcida adversária chamava os seus torcedores de “peixeiros” ou de “peixes podres”, em referência ao grande comércio desse tipo de alimento em Santos.

O apelido “pegou” mesmo em uma partida contra o São Paulo (São Paulo da Floresta à época) em 1933, quando a torcida do Santos rebateu os cantos ofensivos do adversário, admitindo ser “peixeiros com muito orgulho”, de acordo com o historiador santista Odir Cunha.

A partir daí, o Santos adotou o peixe como mascote, mas que se tornou uma Baleia após o cartunista Messias de Melo, na década de 1950, fez um desenho de uma baleia como símbolo do clube, por ser um animal mais forte e imponente que o peixe.

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Durante o pré-jogo e no intervalo, os carismáticos mascotes do Santos divertem o público da Vila Belmiro. Divulgação/Santos FC

No dia 11 de março de 2012, ficou decidido, de maneira oficial, que a Baleia como mascote oficial do Santos Futebol Clube.

CORINTHIANS – O MOSQUETEIRO 

O mascote do Timão, time com a segunda maior torcida do Brasil vem da inspiração dos “Três Mosqueteiros”, em especial de D’artagnan, no caso, o quarto mosqueteiro. Em 1929, em uma viagem para a Argentina, o Corinthians enfrentou o Club Sportivo Baracas e venceu por 3 a 1

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Reformulado, o mosqueteiro corinthiano é um dos mascotes mais icônicos do futebol brasileiro. Reprodução/O Futebolero

Por conta da garra e da “fibra de mosqueteiro” do Corinthians na partida, Tommaso Mazzoni, jornalista esportivo da Gazeta Esportiva na época, escreveu esta sentença, que marcaria a origem do mascote corinthiano que conhecemos hoje.

ATLÉTICO MINEIRO E CRUZEIRO – O GALO E A RAPOSA

Por fim, mas não menos importante, as histórias dos mascotes entre os maiores times do futebol mineiro: o Atlético-MG e o Cruzeiro.

O responsável pela criação dos dois mascotes mineiros foi o pintor e chargista brasileiro Fernando Pieruccetti, conhecido como “Mangabeira”. 

O mascote do Atlético-MG foi um pedido ao jornal da época, “A Folha de Minas”, que de cara caiu nas graças da torcida atleticana. O Galo é inspirado na bravura e no domínio com que o Atlético jogava e acabou sendo desenhado como forte e vingador, inspiração até mesmo no seu hino.

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O Galo, mascote do Atlético, é mais citado que o próprio nome do clube, garantindo uma identidade única para o cluube. Divulgação/Atlético-MG

Em contrapartida, a Raposa, mascote do Cruzeiro, criado no mesmo ano, tendo como inspiração principal o presidente do Cabuloso à época, Mario Grosso, conhecido pela sua esperteza nas negociações de jogadores em cima do seu rival, o Galo.

Além disso, a Raposa é conhecida por comer animais galináceos, o que ajudou na implantação do mascote na cabeça dos torcedores celestes. Em 2003, o Raposão foi criado para oficializar o símbolo do Cruzeiro, campeão da tríplice coroa no futebol brasileiro no mesmo ano.

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A Raposa é um dos mascotes mais carismáticos do Brasil e, ao lado do Raposinho, fazem a festa no Mineirão. Divulgação/Cruzeiro