Zico: Títulos E Curiosidades Do Maior Ídolo Do Flamengo

Conheça mais sobre Zico, o maior ídolo da história do Flamengo
Anderson Gomes
Em Futebol · há 1 semanas atrás

Zico, nome completo Arthur Antunes Coimbra, é um ex-jogador de futebol brasileiro amplamente considerado um dos melhores da história.

Nascido em 3 de março de 1953, no Rio de Janeiro, ele também atuou como dirigente esportivo e treinador. Atualmente, desempenha o papel de diretor técnico no Kashima Antlers.

Ele se destacou como jogador no Flamengo nas décadas de 1970 e 1980, contribuindo para importantes conquistas, incluindo a Copa Libertadores da América e a Copa Intercontinental. Além disso, ele representou a Seleção Brasileira em três Copas do Mundo (1978, 1982 e 1986).

Zico é conhecido por ser um dos maiores artilheiros da história do futebol, com 406 gols em 596 partidas, incluindo um recorde de 101 gols de falta em jogos oficiais.

Ele também era um driblador habilidoso, possuía excelente visão de jogo e era considerado um jogador completo. Abaixo, trouxemos para você uma pequena amostra da carreira e outras curiosidades do nosso imortal!

Carreira de Zico: Do Início ao Estrelato

Zicão, o ídolo do Flamengo
Zico, o ídolo do Flamengo — Foto: reprodução

O Início

Zico começou sua jornada no futebol nas quadras de futebol de salão com o time Juventude de Quintino, no bairro de Quintino Bocaiuva, no Rio de Janeiro. Sua paixão pelo esporte também o levou ao River Football Club, onde seu talento chamou a atenção, especialmente do professor Joaquim Pedro da Luz Filho, conhecido como Seu Quinzinho. No entanto, foi no Flamengo que Zico realmente decolou como jogador. Em 1967, quando tinha apenas 14 anos, ele foi descoberto por Celso Garcia, um radialista e amigo da família, que o levou para a escolinha de futebol do clube.

O Estrelato no Flamengo

Zico no Flamengo
Zico no Flamengo — Foto: Reprodução

Zico estreou no time principal do Flamengo em 1971 e, ao longo dos anos, solidificou sua posição como titular.

No entanto, seu início não foi fácil, pois precisou de uma intensa preparação física para superar sua estrutura física inicialmente frágil.

Aos poucos, ele se tornou conhecido por seu futebol empolgante, dribles incríveis, lançamentos precisos e cobranças de falta letais. Em 1974, conquistou seu segundo título carioca pelo Flamengo e recebeu sua primeira Bola de Ouro da revista Placar, sendo eleito o melhor jogador do Campeonato Brasileiro.

Nos anos seguintes, Zico liderou o Flamengo a uma série de conquistas, incluindo tricampeonatos cariocas e seu primeiro título no Campeonato Brasileiro em 1980.

O ápice da carreira de Zico no Flamengo foi a conquista da Taça Libertadores da América em 1981, seguida pela vitória sobre o Liverpool na Copa Intercontinental. Essa conquista foi um marco histórico para o futebol brasileiro.

A Passagem Pela Udinese

Udinese
O craque jogando no Udinese — Foto: Reprodução

Em 1983, Zico fez uma mudança surpreendente ao se transferir para a Udinese na Itália, um movimento que causou polêmica no país devido ao alto valor da transferência.

Apesar dos desafios físicos e da dependência da equipe, ele deixou sua marca na Itália, marcando gols memoráveis e conquistando o respeito dos adversários e da torcida.

O Retorno Triunfante ao Flamengo

Em 1985, Zico retornou ao Flamengo com a ajuda de uma operação que envolveu a agência de publicidade Estrutural e a SulAmérica Seguros.

Seu retorno foi celebrado com um amistoso contra um combinado de craques internacionais, onde ele marcou um gol de falta.

O Flamengo conquistou títulos estaduais e nacionais, mas a taça de 1987 só seria oficializada como título brasileiro em 2011.

Experiência no Japão e Aposentadoria

Capital do futebol no Japão, Kashima tem 'santuário' de Zico
Capital do futebol no Japão, Kashima tem ‘santuário’ de Zico

Após sua segunda passagem pelo Flamengo, Zico foi para o Japão, onde jogou pelo Sumitomo Metals e pelo Kashima Antlers de 1991 a 1994.

Sua presença no Japão contribuiu para popularizar e profissionalizar o futebol no país. Ele se aposentou definitivamente dos campos após a segunda edição da J-League.

Seleção Brasileira

Zico na seleção brasileira
Zico na seleção brasileira — Foto: reprodução

Zico representou a Seleção Brasileira em três Copas do Mundo, marcando 66 gols em 89 partidas. Suas maiores conquistas com a seleção foram em 1976, quando ganhou cinco torneios internacionais.

Embora não tenha conquistado a Copa do Mundo, ele deixou uma marca indelével no futebol internacional.

Legado e Pós-Carreira

Após sua aposentadoria, Zico continuou a contribuir para o futebol, fundando o CFZ (Centro de Futebol Zico) no Brasil e participando do beach soccer. Ele também permanece uma figura respeitada e amada no Japão, onde tem uma estátua em sua homenagem.

A carreira de Zico é uma história incrível de talento, dedicação e paixão pelo futebol, que inspirou gerações de jogadores e fãs ao redor do mundo.

Carreira Política

Na carreira política de Zico, um destaque importante foi seu papel como Secretário Nacional de Esportes durante a presidência de Fernando Collor nos anos de 1990 e 1991.

Durante esse período, Zico apresentou um projeto conhecido como a “Lei Zico”, que trouxe mudanças significativas para a estrutura do futebol brasileiro.

Essa lei visava reduzir o poder dos clubes em relação aos jogadores e implementou várias medidas, incluindo a criação do Conselho Superior de Desportos e a organização da Justiça desportiva.

Zico também teve passagem na política
O astro também teve passagem na política — Foto: Reprodução

A “Lei Zico” (Lei no 8.672) foi promulgada em 6 de julho de 1993, marcando uma modernização importante na legislação esportiva brasileira.

A lei teve impacto notável na regulamentação do futebol e influenciou a posterior “Lei Pelé”, que adotou muitos de seus dispositivos.

Um dos pontos mais controversos da lei era a captação de recursos financeiros para entidades desportivas por meio de bingos, o que causou controvérsias e pressões políticas. Isso levou ao engavetamento do projeto de lei por parte do presidente Collor, o que, por sua vez, resultou na demissão de Zico.

Após sua breve incursão na política, Zico retornou aos gramados para jogar no Japão.

Carreira como Treinador

Zico também teve uma carreira como treinador de futebol. Inicialmente, ele relutou em assumir cargos no Flamengo, devido à situação financeira e administrativa do clube. Sua primeira experiência em uma comissão técnica foi como assistente de Zagallo para a Copa do Mundo FIFA de 1998.

Mais tarde, Zico assumiu como treinador interino do Kashima Antlers, quando o time enfrentava dificuldades. Sob sua liderança, o time saiu das últimas posições e terminou bem na J-League.

Zico
Foto: Reprodução

Zico teve um período notável como técnico da Seleção Japonesa a partir de junho de 2002, sucedendo a Philippe Troussier. Durante seu tempo à frente da seleção, ele conquistou a Copa da Ásia de 2004 e ajudou a melhorar a postura e a confiança dos jogadores japoneses.

Após sua passagem pelo Japão, Zico treinou o Fenerbahçe na Turquia, onde conquistou o Campeonato Turco e teve uma notável campanha na Liga dos Campeões da UEFA.

Ele também teve passagens por clubes como Bunyodkor (Uzbequistão), CSKA Moscou (Rússia), Olympiacos (Grécia), Al-Gharafa (Catar), Goa (Índia) e Kashima Antlers novamente.

Família

Zico possui raízes portuguesas, tanto pelo lado materno quanto pelo lado paterno. Seus avós maternos e paternos emigraram para o Brasil no final do século XIX, estabelecendo-se no Rio de Janeiro. Seu pai, José Antunes Coimbra, era um torcedor do Sporting Clube de Portugal, e Zico cresceu ouvindo relatos dos jogos do clube através do rádio.

Zico casou-se com Sandra Carvalho de Sá, e o casal teve três filhos: Arthur Antunes Coimbra Júnior, Bruno de Sá Coimbra e Thiago de Sá Coimbra.

Despedidas

Despedida do craque no Maracanã
Despedida do craque no Maracanã — Foto: Reprodução

Zico teve despedidas marcantes em sua carreira, incluindo uma partida entre a Seleção Brasileira e uma equipe representando o Resto do Mundo, sua despedida do Flamengo no Maracanã e seu adeus definitivo ao futebol japonês num jogo contra um combinado de estrangeiros que atuavam no futebol japonês.

A carreira de Zico é repleta de momentos memoráveis tanto dentro quanto fora de campo, e ele é considerado uma lenda do futebol brasileiro e mundial, além de ter deixado seu impacto significativo no esporte e na política esportiva brasileira.

Prêmios Individuais

Ídolo levantando a taça da Libertadores pelo Flamengo
Ídolo levantando a taça da Libertadores pelo Flamengo — Foto: Reprodução

Recebeu prêmios como Melhor Futebolista do Mundo do Ano pela World Soccer em 1981 e 1983, bem como o Prêmio de Melhor Jogador da América do Sul em três ocasiões (1977, 1981 e 1982).

Ele está entre os brasileiros homenageados no Hall da Fama da FIFA e foi classificado em 61º lugar na lista dos 100 maiores brasileiros de todos os tempos em uma pesquisa conjunta realizada pelo SBT e a BBC de Londres em 2012.

10 Curiosidades sobre Zico

  1. Origem e Início de Carreira: Zico nasceu em Quintino, Rio de Janeiro, e começou sua jornada no esporte jogando futsal pelo Juventude, no subúrbio carioca. Sua história no Flamengo começou aos 14 anos, quando foi indicado por Celso Garcia, um amigo da família, após uma atuação impressionante em um torneio de futsal pelo River FC, onde marcou 10 dos 15 gols de sua equipe.
  2. Apelidos: Na infância, ele recebeu o apelido “Zico” de Ermelinda Rolim, sua prima. Quando chegou ao Flamengo, ganhou o apelido “Galinho” devido à sua estatura baixa e magreza. Mais tarde, ele se tornou o “Galinho de Quintino,” homenageando o bairro onde cresceu.
  3. Estreia como Profissional em Clássico: A estreia de Zico no time profissional do Flamengo ocorreu em julho de 1971, quando tinha apenas 18 anos, em um clássico contra o Vasco no Maracanã. Ele usou a camisa 9 e jogou como ponta-direita, contribuindo para a vitória por 2 a 1.
  4. Média de Gols na Primeira Passagem: Entre 1971 e 1983, Zico disputou 635 partidas pelo Flamengo e marcou impressionantes 476 gols, o que resulta em uma média de 0,75 gols por jogo. Durante esse período, liderou o Flamengo em várias conquistas, incluindo a Libertadores e o Mundial em 1981, além de três Campeonatos Brasileiros e seis Cariocas.
  5. Retorno ao Flamengo e Lesão Marcante: Zico retornou ao Flamengo em 1985, após uma passagem pela Udinese, na Itália. No entanto, em agosto de 1985, durante uma partida contra o Bangu, sofreu uma lesão grave após um carrinho violento, que quase o levou a se aposentar. Foram necessárias três cirurgias para sua recuperação.
  6. Top-5 da Seleção Brasileira: Apesar de não ter conquistado uma Copa do Mundo, Zico é considerado um dos maiores jogadores da história da Seleção Brasileira. Disputou 71 partidas oficiais entre 1976 e 1989, marcando 48 gols e atualmente ocupa o quinto lugar na lista de maiores artilheiros da seleção.
  7. Ídolo no Japão: Após se aposentar como jogador, Zico voltou ao futebol em 1991 para jogar no Japão, onde se tornou uma figura extremamente popular. Ele jogou pelo Kashima Antlers e é idolatrado no país asiático até hoje.
  8. Futebol de Areia: Além de sua carreira no campo, Zico também se aventurou no futebol de areia entre 1995 e 1996, representando a Seleção Brasileira da modalidade e conquistando vários títulos, incluindo o Campeonato Mundial.
  9. Experiência como Treinador: Zico iniciou sua carreira como treinador em 1999, comandando o Kashima Antlers. Ele também treinou a seleção japonesa e clubes em vários países, incluindo Turquia, Rússia, Grécia e Índia.
  10. Recordes: Zico detém vários recordes notáveis, incluindo o de maior artilheiro de todos os tempos no Estádio do Maracanã, com 333 gols. Ele também é o maior artilheiro do clássico Fla-Flu, com 19 gols, e ganhou inúmeros prêmios individuais, incluindo duas Bolas de Ouro e cinco Bolas de Prata da revista Placar.

Títulos

Flamengo

  • Copa Intercontinental: 1981
  • Copa Libertadores da América: 1981
  • Campeonato Brasileiro: 1980, 1982, 1983
  • Copa União: 1987
  • Campeonato Carioca: 1972, 1974, 1978, 1979, 1979 (Especial), 1981, 1986

Kashima Antlers

  • Copa Suntory Series: 1993

Pelas Seleções Brasileiras

  • Taça do Atlântico: 1976
    • Copa Roca: 1976
    • Copa Rio Branco: 1976
    • Taça Oswaldo Cruz: 1976
    • Torneio Bicentenário dos Estados Unidos: 1976
    • Taça Brasil-Inglaterra: 1981
  • Seleção Brasileira Olímpica:
    • Torneio Pré-Olímpico Sul-Americano: 1971
Fonte: Lances BR Lances BR