Ferenc Puskás Biró, também conhecido como o “Major Galopante”, é amplamente reconhecido como o maior jogador de futebol da história húngara e um dos maiores de todos os tempos.
Sua carreira extraordinária deixou uma marca indelével no mundo do esporte, e sua lendária passagem pelo Real Madrid o imortalizou na história do futebol.
Apesar de não ter destaque a nível internacional há algum tempo, o futebol húngaro continua a ser lembrado por conta de Ferenc Puskás, um dos maiores jogadores de todos os tempos.
Puskas, que teve seu ápice no início dos anos 50, foi o principal jogador da Seleção Húngara da década de 1950, que ficou conhecida como a “Equipe de Ouro”.
Nesta matéria você vai encontrar:
Quem Foi Ferenc Puskás
Os Primeiros Passos de Puskás em Budapeste
Ferenc Puskás nasceu em 1º de abril de 1927, em Budapeste, Hungria. Desde cedo, mostrou um amor inabalável pelo futebol.
Seus primeiros passos no esporte foram dados no clube local Kispest, que posteriormente se tornaria o Honvéd, quando se associou ao Exército húngaro. Foi nesse clube que Puskás começou a brilhar e a desenvolver as habilidades que o tornariam famoso.
Liderando “Os Mágicos Magiares”
Puskás ganhou fama como o líder da icônica Seleção Húngara, carinhosamente chamada de “os mágicos magiares”, que fez história na primeira metade dos anos 1950. Durante esse período, a equipe húngara manteve uma invencibilidade de quatro anos, conquistando a medalha de ouro no futebol nos Jogos Olímpicos de Verão de 1952 e terminando como vice-campeã na Copa do Mundo de 1954, apesar de ser amplamente considerada a melhor equipe do torneio.
O Major Galopante e suas Habilidades Únicas
Apesar de sua estatura “gorda e baixa” em comparação com outros jogadores de sua época, Ferenc Puskás era um jogador extraordinário. Ele era conhecido por sua precisão em passes, dribles curtos e, acima de tudo, um potente chute de esquerda que se tornou sua marca registrada. Sua inteligência em campo era inigualável, e ele demonstrou que o futebol não se limita à forma física.
A Carreira de Clubes e a Mudança para o Real Madrid
Além de sua carreira internacional, Puskás também brilhou em clubes. Em 1956, o Honvéd estava na Espanha quando a Revolução Húngara foi reprimida, levando Puskás e seus colegas a não retornarem à Hungria. Eles passaram a jogar amistosos ao redor do mundo para se sustentar financeiramente, incluindo partidas no Brasil contra Flamengo e Botafogo.
A FIFA proibiu os jogadores de atuar até que regularizassem sua situação com a Federação Húngara, o que levou Puskás a se naturalizar espanhol e jogar pelo Real Madrid. Sua passagem pelo clube espanhol foi marcada por muitos gols e títulos, incluindo três Copas dos Campeões da UEFA.
O Estigma do Exílio e a Paixão pelo Honvéd
Apesar das controvérsias e calúnias que enfrentou na Hungria devido ao seu exílio, Puskás manteve uma paixão eterna pelo Honvéd. Sua vida foi dedicada ao futebol, e ele afirmou que desde a infância, quando ouviu o som da multidão no estádio Kispest, seu destino estava selado.
Morte
Ferenc Puskás morreu em Budapeste, Hungria, em 17 de novembro de 2006, aos 79 anos. O ex-jogador de futebol, considerado um dos maiores de todos os tempos, foi internado com pneumonia em setembro daquele ano e não resistiu à doença.
O funeral de Puskás foi um evento de Estado, com a presença de milhares de pessoas. Ele foi enterrado no Cemitério Farkasréti, em Budapeste.
Quatro anos após sua morte, foi anunciado o lançamento de um musical sobre a vida e a carreira de Puskás. Intitulado “A equipe de ouro”, o espetáculo conta a história da seleção húngara da década de 1950, da qual Puskás era o principal jogador.
Prêmio FIFA Puskás
Em 20 de outubro de 2009, a FIFA criou o Prêmio FIFA Puskás, para homenagear o legado de Ferenc Puskás. O prêmio é concedido ao autor do gol mais bonito do ano.
A primeira edição do prêmio foi realizada em 21 de dezembro de 2009, na Suíça. O vencedor foi o mexicano Javier “Chicharito” Hernández, que marcou um golaço de voleio contra a França, em um amistoso.
O prêmio é um reconhecimento ao talento e à criatividade de Puskás, que foi um dos maiores artilheiros da história do futebol. Ele marcou 746 gols em 792 partidas oficiais, uma média de 0,93 gol por jogo.
Títulos
Como jogador
Budapest Honvéd
- Campeonato Húngaro: 1950, 1952, 1954, 1955
Real Madrid
Copa Intercontinental: 1960
- Liga dos Campeões da UEFA: 1957-58, 1958-59, 1959-60, 1965-66
- Copa Latina: 1957
- Campeonato Espanhol: 1957-58, 1960-61, 1961-62, 1962-63, 1963-64, 1964-65
- Copa do Rei: 1961-62
- Copa Duward: 1957-58, 1960-61, 1961-62, 1962-63
- Copa Mohamed V: 1966
- Troféu Ramón de Carranza: 1958, 1959, 1960, 1966
- Troféu Teresa Herrera: 1966
Seleção Húngara
- Copa Internacional da Europa Central: 1948-53
- Jogos Olímpicos: 1952
Como treinador
Panathinaikos
- Campeonato Grego: 1969-70, 1971-72
AEK Atenas
- Campeonato Grego: 1977-78, 1978-79
- Copa da Grécia: 1977-78
Sol de América
- Campeonato Paraguaio: 1986
Cerro Porteño
- Campeonato Paraguaio: 1987
South Melbourne
- Campeonato Australiano: 1990-91
- Copa da Austrália: 1989-90
- Copa Dockerty: 1989, 1991
Seleção Húngara
- Copa Kirin: 1993
Prêmios individuais
- Ballon d’Or (2º lugar): 1960
- Futebolista do Ano da Federação Húngara de Futebol: 1950
- FIFA 100
- Prêmios do Jubileu da UEFA: Hungria
Artilharias
- Campeonato Húngaro de 1947–48 (50 gols)
- Copa dos Bálcãs de 1948 (8 gols)
- Copa Internacional da Europa Central de 1948–53 (10 gols)
- Campeonato Húngaro de 1949–50 (31 gols)
- Campeonato Húngaro de 1950 (25 gols)
- Campeonato Húngaro de 1953 (27 gols)
- La Liga de 1959–60 (25 gols)
- Liga dos Campeões da UEFA de 1959–60 (12 gols)
- Copa Intercontinental de 1960 (2 gols)
- La Liga de 1960–61 (28 gols)
- Liga dos Campeões da UEFA de 1961–62 (7 gols)
- La Liga de 1962–63 (26 gols)
- La Liga de 1963–64 (21 gols)
- Liga dos Campeões da UEFA de 1963–64 (7 gols)
